Basicamente, a História do Exército Brasileiro se iniciou em 1548 quando D. João III resolveu criar um governo-geral com sede na Bahia.
As primeiras intervenções de vulto ocorridas foram a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, no século do descobrimento, e do Maranhão, em 1615. Ao longo do século XVIII o Brasil - colônia teve sérios problemas de fronteira principalmente no extremo sul. Naquela época, eram freqüentes os choques entre luso-brasileiros e hispano - platinos, além disso, a força terrestre enfrentou a ameaça das rebeliões de índios e negros.
O Exército Nacional (ou Imperial como costumeiramente era chamado) durante a monarquia era dividido em dois ramos: o de 1ª Linha, que era o Exército de fato; e o de 2ª Linha, formado pelas antigas milícias e ordenanças herdadas dos tempos coloniais.
Em 1824 o efetivo do Exército de 1ª Linha era de 24.000 homens disciplinados, treinados e equipados tão bem quanto os seus equivalentes europeus. Com o término da guerra de Independência, as Forças Armadas Brasileiras já estavam efetivamente bem organizadas e equipadas.
A formação dos oficiais do Exército era realizada na Academia Militar (única escola de engenharia no país até 1874), apesar de não ter sido obrigatória para evoluir na carreira durante o século XIX.
A partir de 1960, o Exército passou a estudar e desenvolver uma doutrina própria, adaptada às condições e à realidade brasileiras.
Após a revolução de 1964 e durante todo o período dos governos militares, o Exército participou de operações de repressão a movimentos guerrilheiros de esquerda, a fim de afastar quaisquer novas ameaças institucionais, perpetradas pelas organizações de ideologia socialista e comunista que, desde a Intentona Comunista de 1935, almejavam tomar o poder.
No auge da chamada Guerra Fria, militantes de esquerda recorreram à guerrilha e foram reprimidos pela Força, posto que realizavam a chamada "guerra irregular" contra as instituições democráticas, promovendo sequestros, roubos a banco, execuções nos denominados "Tribunais Revolucionários", justiçamentos e inúmeros atentados. Após a abertura conduzida pelo presidente Ernesto Geisel, a promulgação da Lei da Anistia em 1979, do retorno dos exilados e atendendo a anseios da população, o Brasil voltou à democracia em 1985.
Com a promulgação da constituição, em 1988, o Exército e as demais Forças Armadas se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se para suas missões constitucionais.
Com o novo cenário internacional após o fim da bipolaridade Estados Unidos da América - União Soviética, o Exército foi chamado a respaldar a política externa brasileira, passando a atuar em diversas missões de paz patrocinadas pela ONU, tais como em Angola, Moçambique e Timor-Leste, além de enviar diversos observadores militares para várias regiões do mundo em conflito. No ano de 2004, o Exército Brasileiro passou a comandar as forças de paz que se encontram no Haiti.
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