1º de Agosto de 1914, início da Primeira Guerra Mundial


O inicio da I Guerra Mundial em seis fases.

1 - A Áustro-Hungria declara guerra à Sérvia.
2 - A Rússia, aliada da Sérvia declara guerra à Áustro-Hungria.
3 - A Alemanha, aliada da Áustria declara guerra à Rússia.
4 - A França, aliada da Rússia declara guerra à Alemanha.
5 - A Alemanha invade a Bélgica para poder atacar a França.
6 - A Grã Bretanha declara guerra à Alemanha, pressionada pela invasão da Bélgica.


Quando a 28 de Junho de 1914 nas ruas de Sarajevo é assassinado por um nacionalista bósnio, o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do império Austro-húngaro, chegou aos píncaros a tensão entre as várias potências europeias.

O império constituído pelos reinos da Áustria e da Hungria e por várias outras «realidades nacionais» encontrava-se numa situação extremamente complexa decorrente das tensões nacionalistas e separatistas dos povos eslavos que faziam parte do império.

Durante o mês de Junho de 1914, a vizinha Sérvia foi responsabilizada pelo incidente e pressionada pelo governo de Viena para que permitisse que a sua policia procurasse os assassinos do arquiduque Francisco José no seu próprio território, o que a Sérvia recusou. De seguida a Áustria começou a falar na possibilidade de intervenção contra a Sérvia e por causas das relações especiais daquele país com a Rússia, contactou secretamente a Alemanha para saber se teria o seu apoio em caso de guerra com a Sérvia e com a Rússia.

Embora a resposta alemã tenha sido algo confusa, na realidade os austríacos consideraram que se tratava de um resposta positiva e fizeram um ultimatum aos sérvios ameaçando com a declaração de guerra.

O império Austro-Hungaro declarou guerra à Sérvia em 28 de Junho de 1914. Até ali, a guerra era apenas um conflito regional, embora a Rússia tenha decretado a mobilização geral em preparação para um conflito.

A Alemanha exigiu que a Rússia cancelasse a sua mobilização geral porque a considerava uma ameaça, mas ao mesmo tempo também declarou a mobilização geral. A mobilização geral da Alemanha serviu para consolidar a recusa russa, e em 1 de Agosto a Alemanha declarou guerra à Rússia, internacionalizando assim o conflito.


De seguida, funcionou o acordo entre as potências da «Triple Entente» (Rússia, França e Grã Bretanha). Exactamente no dia em que a Alemanha declarava guerra à Rússia, a França decretava a mobilização geral e solicitava à Grã-bretanha que fizesse o mesmo.


Os britânicos não aceitaram a sugestão de imediato e mostraram-se relutantes, embora a Royal Navy tivesse decretado mobilização em 29 de Julho mas a guerra tornava-se já inevitável.

A 2 de Agosto a Alemanha exige direito de passagem para as suas forças através da Bélgica e a recusa belga leva à declaração de guerra. Em 3 de Agosto a Alemanha declara guerra à França e no dia seguinte a França declara guerra à Alemanha.

A 5 de Agosto é a vez da Grã Bretanha declarar guerra à Alemanha e no mesmo dia a Austro-Hungria declara guerra à Rússia, enquanto que o pequeno Montenegro declara guerra à Áustria.

Em apenas 5 dias, estavam em guerra a Grã Bretanha, a França, a Bélgica, a Rússia, o Montenegro e a Sérvia de um lado e a Alemanha e a Austro-hungria do outro.

Ainda em 1914, os desenvolvimentos do conflito levariam a que em 30 de Outubro a Turquia entrasse na guerra ao lado da Alemanha.

Em 1915, a Itália entra no conflito ao lado dos aliados a 25 de Maio enquanto que a Bulgária entra na guerra ao lado da Turquia a 5 de Outubro.

Em 1916, Portugal declara guerra à Alemanha a 9 de Março e a Roménia entra na guerra ao lado dos aliados em 28 de Agosto.

À guerra na Europa escapam apenas a Noruega a Suécia, a Dinamarca, a Holanda, a Suiça, a Espanha e a Albânia.

Os custos do conflito serão altíssimos e quando a guerra chega ao fim em 1918, quatro impérios tinham desaparecido (Império Alemão, Império Russo, Império Austro-húngaro e Império Otomano) e tinha sido pela primeira vez afirmada a importância dos Estados Unidos para condicionar o resultado de um conflito na Europa.

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