Essa são questões tratadas pelo texto de Dodô Azevedo, na sua coluna quadro-negro, na Folha de S. Paulo do último dia 29 de maio. Além das variadas argumentações, relacionada à educação, à história e à cultura, Azevedo relembra um livro de 1933, de Carter G. Woodson.
“O livro norte-americano “The Miseducation of the Negro”, “A deseducação do negro”, de Carter Woodson, escrito em 1933, é um dos faróis que não tivemos aqui. Apesar de aqui dançarmos até hoje as músicas do álbum “The Miseducation of Lauryn Hill”, onde a cantora fez questão de, na famosa capa do disco, ter imitado o design da capa do livro de 1933. Seria como se o primeiro disco de Anita trouxesse na capa o geógrafo brasileiro negro Milton Santos…
Parece que no Brasil, o negro não se vê como negro. “Fora do Brasil, negros são educados, desde criança, a se verem como negros. E todos os movimentos negros norte-americanos que partiram para o confronto, como os Panteras Negras, não o fizeram sem antes muitos estudar, ler livros sobre o assunto, produzir intelectuais robustos que os fizessem escapar da armadilha da “educação ocidental”, anota.
Fonte: Carta Campinas
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