Túmulo surpreendeu pela quantidade de riquezas que guardava e por suas enormes dimensões
No dia 24 de novembro de 1977, a pequena cidade de Vergina, no norte da
Grécia, tornou-se internacionalmente famosa graças a uma descoberta
arqueológica: o pesquisador Manolis Andronikos afirmou ter encontrado
aquilo que seria supostamente o local de enterro dos reis da Macedônia,
entre eles Filipe II, pai de Alexandre o Grande.
Antes, Andronikos já havia sondado Vergina por seis semanas, o que o
levou a descobrir quatro câmaras enterradas com túmulos intactos. Em
1978, um outro local do enterro foi descoberto próximo do túmulo de
Filipe II. Acredita-se que ele pertença a Alexandre IV da Macedônia,
filho de Alexandre Magno.
Mais três túmulos foram encontrados em 1980. A descoberta marcou um
momento decisivo na arqueologia, mas os critérios de identificação da
ossada de Filipe II foram contestados.
Um estudo de 2010 feito por Musgrave constatou que o crânio do
esqueleto masculino descoberto havia sido deformado por um possível
trauma. O achado é consistente com a história de Filipe II, que sofreu
uma lesão facial. Alguns dos artefatos descobertos foram datados da
época de Alexandre III. É plausível que um dos túmulos contivesse itens
pessoais de Filipe II.
Os trabalhos arqueológicos começaram em 1855 pelo arqueólogo francês Leon Heuzey. Depois de muitas interrupções, guerras e outras dificuldades, culminaram com a descoberta da grande tumba.
Certezas não documentadas e há dúvidas se nesta localidade estão os
segredos da grande civilização macedônica.
A Vergina nada mais era que a antiga capital dos macedônios, Eges, e que manteve essa condição por muito tempo até sua transferência para Pela pelo rei Arquelao (413-399 a. C.). Segundo os costumes, os reis da Macedônia eram enterrados na capital.
A Vergina nada mais era que a antiga capital dos macedônios, Eges, e que manteve essa condição por muito tempo até sua transferência para Pela pelo rei Arquelao (413-399 a. C.). Segundo os costumes, os reis da Macedônia eram enterrados na capital.
Quando foi descoberta a Grande Tumba, os arqueólogos ficaram
maravilhados com a grandeza de sua arquitetura. Todo em mármore e com
muitos tesouros: coroas, armas, armadura, capacete macedônico, objetos
pessoais, centenas de objetos de ouro e marfim e a urna funerária de
ouro puro onde repousavam os ossos do rei. À época costumavam lavar o
corpo com vinho e o depositavam numa urna chamada “Lárnaca”.
As dimensões da câmara mortuária eram de 10 metros por 6 metros,
dividida em dois aposentos, com trono de mármore de 2 metros de altura.
No mesmo terreno ao lado havia outra tumba de uma jovem mulher e outra a
de um jovem, classificada como a “Tumba do Príncipe”. Muitas moedas de
ouro com a efígie do rei Filipe e moedas com o símbolo e nome da cidade
também foram descobertas.
Esses túmulos, depois de construídos e lacrados, eram cobertos de
toneladas de terra, formando uma pequena montanha de 13 metros de altura
e 110 metros de diâmetro.
A partir da descoberta arqueológica,foi no local inaugurado um museu em
1993. Construiu-se ao redor das tumbas uma enorme câmara de granito
preto e cristal onde além das tumbas estão expostos em enormes vitrinas
os objetos pessoais, a maior parte em ouro. As luzes que sobre eles
incidem criam uma atmosfera fantasmagórica.
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