Flávia Souto Maior
A frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão
Bonaparte à Península Ibérica
Portugal foi tomado pelas forças
francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental,
imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer
navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo
general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a
152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo.
Lá instalou seu
quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o
príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido
para o Brasil. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao
duque.
A tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito
irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a
mesma:
“Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”
Até hoje se usa a
frase para indicar que nada mudou.
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