O romance O Pequeno Príncipe, de Antonie de Saint-Exupéry, mostra como o ser humano, muitas vezes, comete o erro de confundir o amor com muitas outras coisas, inclusive sentimentos que não sabemos muito bem como nomear. Um dos erros, por exemplo, é quando cremos que ter a posse do outro, o controle, é uma das formas de se demonstrar este amor. Pois o Pequeno Príncipe mostra que não é.
No capítulo sobre a Rosa, a flor e o protagonista tem uma conversa em que os dois mostram a diferença do que sentem um pelo outro: amor e carinho, amar e querer. Segundo o autor, quem projeta sua cosmovisão nos diálogos dos dois personagens, erra, pois esses sentimentos jamais podem ser os mesmos. Por isso, pode-se dizer que nossos olhos muitas vezes nos enganam, e isto pode acontecer ao analisar alguns quadros da história da arte, acreditando que eles retratam tudo que gira ao redor do amor, quando, na verdade, estas obras nasceram justamente de seu oposto. Assim como o Pequeno Príncipe explica para a rosa, o amor não é posse, repressão, sofrimento e controle: amar é ser livre ao lado de outro ser livre, que só consegue amar quando vive essa liberdade.
Confira 6 quadros com histórias de amor trágico que você sempre pensou que fossem românticas:
1- A Noiva do Vento, de Oskar Kokoschka

2- Suzanna e os Velhos, de El Tintoretto

3- Leda e o Cisne, de Michelangelo

4- O Balanço, de Jean Honoré Fregonard

A mulher feliz sobre o jovem deitado sobre as flores, é a esposa maliciosa do homem que puxa o balanço para próximo dele.
Tudo o que se reflete na pintura Fragonard é o adultério, o pecado e o mundo aristocrático em que quase tudo girava em torno de interesse econômico. Quase tudo, até o amor.
5- Salomé, de Lévy Dhurmer
O que parece a imagem de um beijo ingênuo de amor, é, na verdade, o beijo mórbido de Salomé ao receber a cabeça degolada de João Batista.
A degola foi um pedido de aniversário feito por ela e prometido por Herodes que entrega a cabeça do pregador em uma bandeja de prata, tal como aparece na obra de Dhurmer.
6- O Beijo, de Gustav Klimt
O quadro O Beijo sempre é visto como uma espécie de sonho de amor e nos leva a ver duas pessoas totalmente em sintonia no que seria o mais profundo de uma paixão. Klimt, na verdade, pintou uma triste despedida entre Daphne e Apollo que ocorre pouco antes dela se tornar laureada.
O processo de metamorfose que a amada de Apollo está prestes a sofrer, leva-o a tirar as mãos para coloca-las no rosto da amada. Dafne, em vez de sentir amor, ajoelha-se para entregar para sua nova vida. É por isso que na obra, de uma forma muito orgânica, vemos como os as raízes de algumas plantas começam a emergem do solo.
Via - notaterapia
[Postado por El Ciudadano]
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