Erika Januza fala sobre racismo e impacto na autoestima Imagem: Raquel Cunha/TV Globo |
No ar como a Raquel, da novela “O Outro Lado do Paraíso”, Erika Januza encara o racismo com o qual se depara também no dia a dia. A história da personagem e da atriz se cruza em diversos momentos. Ainda hoje, ela conta que a falta de representatividade e o preconceito mexem, principalmente, com sua autoestima.
“Eu me achava feia, porque todo mundo dizia que meu cabelo era ruim”, disse em entrevista ao jornal “Extra”. “’Não vai arrumar esse cabelo?’, eu ouvia. Então, para me identificar com o padrão de beleza, passei a vida alisando os fios. Minha profissão me deu consciência, abriu minha cabeça e me fez entender também que assumir a negritude é um processo de transformação interna.”
Vez ou outra, porém, situações racistas ainda lhe abalam profundamente. “Há um mês, estava ao lado de uma menina, quando alguém disse a ela: ‘Lourinha e de olho azul, você consegue o que quiser’. Aquilo me fez tão mal, foi lá no meu íntimo, onde está a raiz de todas as minhas questões. Não aceito mais. Hoje, sou o meu padrão. Quem quiser se identificar comigo, ótimo, vamos juntos.
”Por isso, ela defende que o assunto seja tratado cada vez mais nas novelas. “Faz com que a população saiba mesmo o que acontece no dia a dia”, diz. “Já ouvi gente dizendo: ‘Falar de racismo de novo? Toda novela tem isso...’. Se não existisse o racismo, não seria preciso pontuá-lo nas tramas, né?” Erika também não esconde sua empolgação com a virada da personagem no folhetim das 21h. Raquel vai se tornar juíza. “É importante esse momento para que as pessoas que passam por situação semelhante a de Raquel acreditem: ‘Eu posso!’.”
Fonte: UOL
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