Uma das maiores autoridades no estudo
das religiões afro no País, Reginaldo Prandi, autor do livro “Mitologia
dos orixás”, explica a raiz histórica dos preconceitos contra a umbanda e
o candomblé e alerta: há um projeto de aniquilação das tradições
religiosas africanas no Brasil. E elas correm risco de serem extintas.
Confira alguns trechos da entrevista:
Como o senhor interpreta a imagem do candomblé na sociedade hoje?
O candomblé tem grande visibilidade no
turismo, especialmente na Bahia e sua presença na música popular
brasileira e em obras de artistas como Dorival Caymmi e Jorge Amado é
muito grande. Mas também tem um aspecto cultural negativo de grande
popularidade.
Qual é esse aspecto negativo?
É essa imagem de feitiço, coisa
mal-feita e a relação com o diabo, que faz parte do imaginário. Quando
as pessoas se referem a algo muito ruim, usam as palavras macumba,
despacho, feitiço. É uma realidade superficial e distante da realidade
mítica e ritualística de um terreiro.
Por que acontecem tantas disputas religiosas?
Toda religião é uma fonte de verdade e
fica muito centrada em si mesma. Se você tem a sua verdade, a do outro
está errada. Isso vale de católicos para evangélicos, de evangélicos
para afro e até dentro do próprio candomblé. Além disso, algumas
religiões tornam a conversão como parte da missão religiosa. Para ser um
bom religioso, você tem que trazer para o seu credo e a sua verdade os
outros credos que estariam todos errados. Religião é uma disputa, por
isso há tantas guerras em nome da religião.
Mas algumas religiões são mais tolerantes do que outras…
O candomblé, por exemplo, é religião
politeísta (que tem um panteão com vários deuses), como a grega e
romana. Não há falta de mérito nisso. Existe a idéia de Deus supremo,
criador, mas na maioria dos eventos do dia-a-dia, ele não interfere.
Quem cuida do emprego é Xangô, da fertilidade, Oxum, e sucessivamente.
As religiões politeístas têm facilidade de assimilar deuses estrangeiros
e os trata em posição de igualdade.
Embora seja extremamente próprio de
cada religião defender a sua verdade como a única e combater a fé
alheia, gerando uma grande possibilidade de conflitos e perseguições, o
candomblé tem outra prática de aceitar o outro com mais facilidade.
Prova disso é o sincretismo. Oxalá, por exemplo, foi sincretizado com
Jesus Cristo.
Como o senhor vê o avanço da intolerância religiosa no Brasil?
Como cada denominação das religiões
evangélicas se vê como grande verdade levada aos outros pela conversão, o
proselitismo é muito grande. A tolerância não faz parte do universo
deles. O alvo preferencial são os afro-brasileiros. Os católicos também
são alvo, mas não se pode dizer que são demoníacos porque são igualmente
cristãos. Já o afro pensa que a religião de todo mundo tem algo bom e
interessante.
Qual sua visão sobre o futuro desses conflitos religiosos?
Mais de 90% do avanço pentecostal se faz
em cima da religião católica e pequena parte em cima dos afro. Mas como
são pequenininhos, o pouco que lhes é tirado representa muito. A
umbanda está diminuindo de tamanho. Há favelas em que os terreiros foram
extirpados. Uma quadrilha também pode se associar a um pastor e fechar
todos os terreiros.
O Brasil faz de conta que não está vendo. Isso se
agrava porque o presidente da República tem relações de simpatia com
algumas das igrejas mais agressivas. A umbanda e candomblé não são um
parceiro político interessante. Quando entra nessa história é vítima. Já
faz 20 anos que a umbanda vem diminuindo e cada vez mais por
perseguição evangélica. Se esse processo não é estancado, o que vai
acontecer?
Um dos maiores problemas enfrentados
pelas comunidades de candomblé para sobreviver é a descentralização.
Muitas vezes, há divergências sobre o culto e os rituais dentro das
próprias nações. Já que as tradições afro, como diz Prandi, não são uma
religião só, mas vários cultos, oriundos de diversos povos africanos,
que foram trazidos para o Brasil. Confira a segunda parte da entrevista
com o pesquisador Reginaldo Prandi:
Às vezes, existem divergências dentro do próprio candomblé…
Você não tem uma religião
afro-brasileira, mas várias. Dentro de cada uma, há grande diversidade
de nações e ritos diferentes, de acordo com as origens étnicas dos
grupos fundadores. Dentro da religião, há grupos que conhecem muito
pouco os outros.
A falta de união entre as
comunidades gera uma dificuldade de se articular politicamente. Qual a
raiz histórica dessa descentralização?
Os terreiros não se unem nem se
organizam, o que gera uma fraqueza para se defender. A religião afro tem
origem no culto doméstico. As relações são sempre simbolizadas pelo
parentesco. Existe o pai-de-santo, filho-de-santo, a casa-de-santo, como
se fosse família. Então, ainda segue essa ideia de que cada chefe de
família é responsável pela sua família. Não implica responsabilidade com
o outro. Cada comunidade é totalmente autônoma.
Como surgiu o candomblé no Brasil?
No século 19, quando os negros já vivem
nas grandes cidades litorâneas e trabalham em serviços urbanos, como
escravos de ganho, ganhando mobilidade. Na senzala e no campo, eles
viviam totalmente isolados, não tinham contato com os escravos de outra
fazenda, eram segregados. Nas cidades, passam a fazer os serviços
manuais, porque os brancos não trabalhavam. Um dia por semana, o
dinheiro de seu trabalho era para seu sustento, nos outros dias, ia para
o senhor. Com isso, os escravos começam a se sustentar e morar em
bairros negros.
Qual a primeira casa de candomblé?
A que resistiu e perdurou até hoje,
conhecida na nação ketu é a Casa Branca do Engenho velho, na primeira
metade do século 19. Dali saiu o Gantois, fundado por Maria Julia da
Conceição. É comum até hoje, quando a mãe-de-santo morre, quem perde a
indicação para a sucessão do terreiro sair e fundar outra casa. Foi
assim que a turma de Mãe Aninha e outras figuras importantes fundaram o
Axé Òpó Àfonjá. A casa principal foi erguida em 1910. Há quem afirme que
o a casa de Mãe Aninha do Rio seja mais antiga do que a da Bahia.
Onde o candomblé começou a se formar?
Em reuniões religiosas que aconteciam
dentro da Igreja da Barroquinha. Um incêndio na igreja destruiu a
documentação sobre a época. As igrejas são valiosos acervos históricos
pois tudo que acontecia era documentado pelos religiosos. A preocupação
com esse patrimônio, assim como o arquitetônico, é recente no Brasil. O
país teve um ministro que mandou queimar os arquivos da escravidão para
“apagar essa mancha histórica brasileira”, que foi Ruy Barbosa,
considerado um gênio. Imaginava-se isso, que se apagava o passado,
apagando-se a memória. Ainda bem que tiveram preguiça até de fazer isso e
pouco foi perdido.
A demonização de figuras do candomblé,
especialmente de Exu, já se tornou um traço marcante da sociedade
brasileira. Essa idéia foi construída desde a chegada do colonizador
português à África. Veja a terceira parte da entrevista com o
pesquisador Reginaldo Prandi:
Por que a figura de Exu foi demonizada no Brasil?
A demonização começa na África com a
chegadas dos europeus. O Exu já na África sofre grande sincretismo. Como
é o orixá mensageiro do panteão foi sincretizado com outra entidade
Elegbara, o mensageiro do panteão dos povos fon, que deram origem ao
Jeje brasileiro. Elegbara é o deus com funções de reprodução. Logo, seu
culto tem imagens fálico, falos eretos.
Todas as religiões panteístas
têm divindades importantes ligadas à reprodução humana e à fertilidade
do solo, a fartura dos alimentos. Essas funções de Elegbara foram
passadas para Exu.
E quando começa a associação de Exu ao diabo católico?
Quando chegaram os primeiros
colonizadores europeus aos territórios africanos, se depararam com o
culto de orixás e voduns (divindades fons). Esses missionários cristãos
tinham objetivos de “cristianizar o mundo selvagem”. Quando viram
altares de forma fálica, atribuíram a algo demoníaco. O catolicismo é
uma religião que aboliu a sexualidade do horizonte humano, de profunda
repressão. Exu recebeu a pecha de diabo e não se livrou.
Qual a característica de Exu no candomblé?
No candomblé, não há idéia de bem e mal
como coisa inconciliável. Quem faz essa oposição é o mundo cristão. Para
o afro, o bem e mal são faces da mesma moeda e estão presentes em todas
as coisas. O Exu deve ser pago pelo seu trabalho como todo deus
mensageiro em qualquer tradição religiosa. Quando qualquer orixá é
evocado, antes se evoca Exu, porque sem ele não há a comunicação com as
divindades. ele antes em qualquer lugar, se Exu não participa não há
comunicação.
Existiam outros deuses com essa função em outras
culturas?
Lar, palavra que hoje significa
domicílio, casa, é um antigo deus cultuado por povos da peninsula
itálica. As pessoas tinham em casa altares com falos eretos. Eram
tratados com profundo respeito porque a reprodução e a sexualidade são
consideradas fontes da vida. Esse deus que protegia, presidia a
sexualidade que permitia a reprodução e o fluxo de alimentos através da
fertilidade da terra é responsável pela sobrevivência humana.
Há outros aspectos demonizados em Exu?
Para o mundo católico, Exu trabalhar por
dinheiro é uma coisa horrível e própria do mal. O sincretismo foi
juntando características entre os santos cristãos e os deuses afro.
Iemanjá, a grande mãe por excelência, foi associada a Nossa Senhora.
Oxalá a Jesus Cristo. E sucessivamente. Faltava um diabo entre os orixás
e o candidato por excelência foi Exu.
Outras culturas que receberam povos afro procederam assim?
Em Cuba, o Exu é chamado de Eleguá, vem
de Elegbara, e foi sincretizado com o Menino Jesus. Um sincretismo
completamente oposto. Tanto que em Cuba muita gente é filha de Eleguá,
enquanto no Brasil é raro ter filho de Exu. As pessoas morrem de medo de
Exu. Muita gente que é filha de Ogum, na verdade, é filha de Exu. Em
Cuba, a função da sexualidade é atribuída a Xangô que tem símbolos
fálicos, como o taco de baseball. Xangô quando dança, fica com o taco
nas pernas como se fosse falo ereto.
E a figura da pombagira?
A mentalidade católica acredita que a
mulher é a grande pecadora, a fonte de pecado desde Eva. Tinha que
associar um pouco a figura feminina a Exu. A pombagira acabou sendo a
representação mais explícita da sexualidade proibida, perigosa e ao
mesmo tempo muito desejada por todos. É uma grande construção cultural e
ponto de conflito e perseguição na oposição das religiões evangélicas.
São sempre figuras de bordel, associadas a vida desregrada.
A seguir, alguns dos relatos de como ocorre a intolerância no dia a dia:
“Eu estava praticamente me prostituindo,
cheguei a levar drogas na mochila. Hoje, sou um novo homem. O candomblé
é tudo na minha vida”.
Nas memórias do jovem Carlos (nome fictício), de
20 anos, a adolescência é sinônimo de farras, promiscuidade e
proximidade com o crime. Foi na religião que o rapaz conta ter
encontrado equilíbrio. A escolha teve preço alto: a convivência com a
família. Ao se iniciar, Carlos deixou o Complexo da Penha.
- Na Vila Cruzeiro, é uma gargalhada de
pombagira e um tiro na cabeça. Roupas de santo, guias, tudo tem que ser
muito escondido. Não posso morar lá – declara o jovem.
Os símbolos sagrados das religiões
também são alvos da violência. Em junho, a depredação do centro
umbandista Cruz de Oxalá, no Catete, causou comoção popular.
Quatro meses depois, a violência
voltaria a se repetir. Dessa vez, a vítima foi Nádia Maria Correa
Cursino, de 53 anos, a Mãe Nádia de Oyá.
Após 30 anos de vida religiosa, ela
sentiu que estava na hora de abrir sua casa-de-santo. Alugou imóvel em
Interlândia, Belford Roxo. O sonho durou apenas dois meses. Ao retornar
de uma viagem, em outubro, foi até o terreiro. O cadeado havia sido
trocado. Nádia só conseguiu entrar com a polícia. O cenário era
desolador.
- Não sei dizer o que senti. Quebraram
todos os meus santos, só ficaram meu Xangô, para que eu lutasse por
Justiça, e a Iansã. Eram santos que estavam comigo a vida inteira. Tinha
jóias de ouro em alguns assentamentos (esculturas e objetos sagrados
reunidos em louvor aos orixás durante toda a vida religiosa). Nada foi
devolvido. Eu chorei muito, muito – diz Nádia, que registrou o caso na
54 DP (Belford Roxo) e tem a primeira audiência marcada para março no
Juizado Especial Criminal. Os agressores eram da família do
proprietário.
- Não teria coragem de jogar uma Bíblia
no lixo porque é sagrada para alguém. Onde nós vamos parar com essas
agressões? – encerra.
De vítima da intolerância a palestrante
no colégio. Ontem, o estudante Felipe Gonçalves Pereira, de 13 anos, foi
recebido pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso. A
melhor notícia dada pelo secretário ao menino será a realização de um
seminário na Faetec para alunos e professores abordando assuntos como
fé, cultura e tolerância religiosa.
- Será muito importante para que as
pessoas aprendam e entendam a minha religião. Estou muito feliz e agora
quero voltar à escola – diz Felipe, que cumpre os três meses de preceito
do candomblé e foi discriminado ao mostrar um fio de conta escondido
sob seu uniforme escolar.
Alexandre Cardoso também anunciou que
serão instalados centros digitais em dez casas de santo. O objetivo é
que os terreiros se tornem polos de produção de pesquisa sobre as
religiões de matriz africana no Rio. O projeto foi discutido com o
pedagogo Ivanir dos Santos, membro da Comissão de Combate à Intolerância
Religiosa. Para o secretário, a história de Felipe se tornou um símbolo
da luta contra a discriminação.
- Todos devemos desculpas a Felipe. Mas ele será um exemplo da posição do governo contra a discriminação – encerra o secretário.
Eram 19h30m do dia 7 de maio de 2002.
Dona Anita, de 75 anos, lembra que passava a novela na televisão. Dois
homens armados – um deles com uma metralhadora – invadem o terreiro
dirigido por seu filho, em Campo Grande. Encostam arma no rosto do
pai-de-santo. A família pede pelo amor de Deus pela vida do religioso.
Toca o telefone celular do agressor. O grupo interrompe a ação, vai
embora e dá ultimato: a família deve se mudar em 24 horas.
A família vive até hoje em uma cidade do interior do país. Nunca mais voltou ao terreiro desde aquela noite. E nem ao Rio.
- É um dia muito triste, a gente quer
esquecer. O carro estava do lado de fora para levar o corpo do meu filho
– conta Dona Anita.
O motivo das ameaças e da invasão ao
terreiro nunca foi esclarecido. Mas a briga do pai-de-santo com líderes
de outras religiões na área – a resistência ao candomblé começava a se
tornar forte em áreas da Zona Oeste – é vista como provável causa da
intimidação.
- Foi um desespero, nem podemos pegar nossas coisas. Foram amigos que voltaram para recolher tudo – lamenta Dona Anita.
A dona-de-casa Dulcinéia dos Santos, de
45 anos, não foi ao casamento de dois de seus cinco filhos. Jamais
conversa com as noras e só conseguiu pegar a neta no colo uma vez,
porque a encontrou por acaso na rua. Tamanha indiferença não foi causada
por nenhuma briga ou disputa familiar. A intolerância religiosa desatou
todos os laços que uniam a mãe aos filhos. Candomblecista, ela se magoa
ao lembrar que a mulher de seu filho a acusa de carregar “77 demônios”
por pertencer à religião de matriz africana.
- Ela diz que se eu for à casa dela,
deixarei um demônio lá. Se a menina ficar doente, a culpa é minha. São
mentes atrasadas, eles repetem o que escutam na igreja deles. Criticam
porque não conhecem. Nossa religião não é macumba nem feitiçaria. –
afirma a dona-de-casa.
Dulcinéia se iniciou na religião, por
amor ao filho mais jovem que ficou doente de forma repentina. Condenado
pela medicina tradicional, o garoto ficou curado dentro de um barracão
de candomblé. A conversão lhe custou os mais velhos.
- No Natal e no meu aniversário, não
recebo nenhum telefonema. Às vezes, minha neta acena para mim da janela.
Ela nem me reconhece como avó. Meu maior sonho é recuperar minha
família – desabafa Dulcinéia.
Joana (nome fictício), 44 anos, também é
mãe e sofre como Dulcinéia. Mas seu problema não é a distância da
filha, de 11 anos. Mas o problema de saúde da menina, que sofre de
síndrome do pânico desde que o pai a levou para uma cerimônia de
exorcismo.
Na época do casamento, Joana tinha a
mesma religião que o marido. Após a separação, um grupo de religiosos
invadiu sua casa para “retirar o demônio”. Ela os expulsou. Mais tarde,
tornou-se umbandista e sua filha passou a fazer parte de um grupo de
evangelização de um centro kardecista. O pai decidiu “exorcizá-la”.
- Minha filha acorda gritando e tem
pesadelos. Ela ficou traumatizada porque o grupo de religiosos gritava
pelo “capeta” com as mãos na cabeça dela. Na época da separação, também
disseram que eu estava endemoniada, mas eu não podia delatar, porque era
da religião e não podia levar “irmão em juízo” – diz Joana.
A partir deste ano, denunciar crimes de
intolerância, como o vivido pela família, ficará mais fácil. A
secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial firma
uma parceria com o Ministério da Justiça para criação de delegacias
especializadas em intolerância religiosa e crimes étnico-raciais no
País. O objetivo é potencializar a unidade de São Paulo, que já existe, e
implementar ainda esse ano no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Nas delegacias, trabalharão policiais
especialmente treinados para identificar todo tipo de ofensa. E também
psicólogos e assistentes sociais que possam ajudar nos casos. A
secretaria trabalha na elaboração de uma lei específica sobre
intolerância para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O
objetivo é que ele apresente o projeto de lei no Congresso Nacional.
- O preconceito é pre-histórico, não
coaduna com nosso tempo. É aberração, horror que um aluno sofra
preconceito do professor na escola. Inquérito tem que seguir o curso,
não pode ficar na gaveta – diz o secretário-adjunto do órgão Eloy
Ferreira.
Entrevista e reportagens publicadas no Extra
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