Conheça a Trajetória do Sangue na História - PARTE II



Show de horrores

"Somente esforça-te para que não comas o sangue, pois o sangue é vida", diz o Deuteronômio, um dos livros do Antigo Testamento. Tão ou mais antiga que a Bíblia, essa concepção sagrada do líquido como "fluido da vida" nunca foi o bastante, porém, para abalar o prazer que as multidões desfrutavam frente aos espetáculos sanguinolentos.

Ou talvez até por isso. Povos pré-colombianos, como os maias e os astecas, acreditavam que sacrifícios humanos eram o melhor presente oferecido aos deuses a fim de garantir colheitas abundantes e outras benesses. No Império Romano, gladiadores enfrentavam-se nas arenas em duelos que só terminavam com a morte de um dos oponentes.

Outra diversão popular da época era apreciar cristãos destroçados por leões e tigres. Por séculos, decapitações, empalações e outras torturas praticadas em praça pública foram os melhores programas de domingo para a turba. Parece algo distante? É só impressão.

A derradeira condenação à guilhotina na França aconteceu há pouco mais de 30 anos, em 1977. (Para não falar das execuções cruéis ainda adotadas, a exemplo do apedrejamento.)

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