Manifestantes em protesto contra o FMI na Argentina
Autora do maior calote da história, a Argentina anunciou o não pagamento de sua dívida de 150 bilhões de dólares em dezembro de 2001. A medida havia sido preparada no governo do presidente Fernando de la Rúa, que renunciou antes do anúncio. A divulgação coube ao recém-empossado presidente Adolfo Rodríguez Saá, que durou apenas sete dias no poder.
A medida instaurou o caos imediato nas economias latino-americanas. Felizmente, o Brasil – que recuperava sua credibilidade junto aos investidores internacionais após sucessivas crises nas décadas anteriores – sofreu menor impacto. Na proposta de renegociação de sua dívida externa, o governo argentino dispôs-se a pagar apenas 30% do total. Aos investidores que viram seu capital virar pó, não restou nada além de aceitar a oferta.
No ano seguinte ao calote, o Produto Interno Bruto (PIB) argentino recuou 11%. Uma nova ameaça de moratória ocorreu em 2004, mas não chegou a se concretizar. Até hoje, o país está em um radar nada honroso dos investidores. Segundo a consultoria CMA, a Argentina é o sexto país com maior probabilidade de anunciar um calote num prazo de cinco anos.
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