Estudantes em manifestação pela democracia na Polônia
A Polônia atravessou, ao longo da década de 1980, forte crise econômica causada por uma conjunção de fatores. A primeira delas foi a dependência da União Soviética, o bloco das repúblicas socialistas da Europa que entrou em crise justamente neste período até sua derrocada em 1991.
Somam-se a isso uma política fiscal ineficiente – um estado corrupto e gastador – e um choque de preços no mercado internacional. A economia polonesa desembocou, então, num dos piores quadros de hiperinflação do continente europeu. Em 1989, a elevação de preços alcançou 244%. Estava dada a receita para a perda de riqueza da população e queda na produção, com consequente declínio da arrecadação de impostos. Durante a década, o país deixou de honrar diversas vezes com o pagamento de sua dívida.
A primeira foi em 1982, quando a dívida chegou a 25 bilhões de dólares. Na época, o país declarou calote no pagamento de 1 bilhão de dólares em títulos americanos. Segundo um estudo da economista Carmen Reinhart, da Universidade de Maryland, os sucessivos calotes da Polônia perduraram até 1994.
No entanto, o contexto político teve forte influência para que os Estados Unidos continuassem apoiando os poloneses. No final da década de 1980, o país estava preste a sair da União Soviética, que então rivaliza com os EUA, e passava por um processo de redemocratização, em um movimento que recebeu apoio maciço do governo americano.
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/a-historia-dramatica-dos-calotes-nos-seculos-xx-e-xxi
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