Augusto Pinochet durante uma aparição pública
O Chile experimentou ao longo da década de 1970, sob a ditadura do general Augusto Pinochet, um processo de abertura econômica e forte desenvolvimento – financiado, sobretudo, por capital americano. Com o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, a partir de 1979, a rolagem da dívida dos países latino-americanos – incluindo o Chile – tornou-se insustentável.
A derrocada veio com o calote do México, em 1982, que fez com que uma nuvem da desconfiança se instalasse sobre toda a região, gerando um arrefecimento jamais visto na oferta de crédito internacional. Tal como seus vizinhos, o Chile viu sua economia tornar-se insolvente e devastada. Em 1982, houve ainda uma grave crise bancária, que afetou 11% do Produto Interno Bruto (PIB).
A situação foi piorada pela política cambial chilena, que, três anos antes, havia estabelecido o câmbio fixo ao dólar. Com a insolvência geral, a moeda teve de ser desvalorizada. O governo de Pinochet declarou, então, calote por 90 dias nos compromissos da dívida soberana do país, que alcançava 17 bilhões de dólares.
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